sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Obrigações empresariais


Depois do último posto acerca das obrigações fiscais, comerciais, trabalhistas e contábeis necessárias aos profissionais liberais e autônomos, alguns clientes me questionaram quanto às obrigações que os demais tipos de pessoas jurídicas ou equiparadas estão sujeitos.

Dessa forma, a partir de hoje, o blog “Um Jovem Contador” inicia uma série explicitando quais são essas obrigações, de forma a desmistificar algumas delas para os contadores e também para auxiliar empresários na ciência dos seus deveres que são repassados aos escritórios contábeis.

Algumas obrigações se fazem necessárias para qualquer tipo de empresa:

Obrigações Legais
Estatuto ou Contrato Social
Publicações Obrigatórias nas Empresas Limitadas

Obrigações Contábeis
Contabilidade
Balanço
Livro Diário
Livro Razão
Declaração Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (para os sócios)
Declaração de Bens e Direitos no Exterior (DBE/BACEN)
DIRF
Imposto de Renda Retido na Fonte e Comprovante de Rendimentos e Retenção do IRF

Obrigações Fiscais
Demonstrativo de Apuração das Contribuições Sociais (DACON)

Obrigações Trabalhistas
Livro de Inspeção do Trabalho
Livro Registro de Empregados
Livro Registro de Inventário
Folha de Pagamento
GPS
GFIP
GRFC
CAGED
RAIS
Contribuição Sindical
Contribuição Confederativa
Contribuição Assistencial
Contribuição Associativa
Norma Regulamentadora 7 (Ministério do Trabalho)
Norma Regulamentadora 9 (Ministério do Trabalho)
Informes de Rendimentos das Pessoas Físicas
Informes de Rendimentos das Pessoas Jurídicas


Vale salientar que todas as obrigações acima listadas são obrigatórias para todas as empresas, seja ela tributada pelo Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real ou enquadrada na categoria de pessoas jurídicas imunes, isentas ou dispensadas.

No próximo post, traremos algumas obrigações específicas e os tipos de empresas obrigadas a entregá-las.  

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Obrigações para Profissionais Liberais e Autônomos



Uma das formas mais comuns de atuação profissional no país, as modalidades de autônomos e profissionais liberais ainda suscitam inúmeras dúvidas e alguns conceitos equivocados quanto às obrigações às quais estão sujeitos os profissionais nelas enquadrados.

Boa parte desses equívocos provém dos próprios contadores, que optam por minimizar as obrigações dessa classe, tendo em vista que boa parte dela é composta de contribuintes com faturamento menor do que o registrado por pessoas jurídicas estabelecidas. Como a própria fiscalização dessas atividades atrai menos a atenção do Fisco, algumas exigências são deixadas de lado, o que eventualmente pode gerar grandes dores de cabeça para esses profissionais no futuro ou até mesmo na hora de se constituir como empresa.

Quem é o profissional liberal?
O conceito de profissionais liberais pode ser entendido como aqueles que adquiriram certa preparação cultural, normalmente através de cursos e/ou estágios e que, em decorrência da profissão que escolheram, passam a prestar um serviço de natureza específica, na maioria das vezes regulamentado por lei. Tais profissionais, na maioria das vezes trabalham por conta própria, montando seus estabelecimentos, porém, nada impede que sejam empregados de outrem.

Exemplos de autônomos ou profissionais liberais
·       Administrador (de empresas, hospitalar, escolar, financeiro, rural);
·       Advogado, aeronauta, agente autônomo de investimentos, agrônomo, analista de sistemas, analista clinico, antropólogo, arquiteto;
·       Artista (ator, autor, teatrólogo, produtor fonográfico, radialista, manequim, modelo, técnico em diversões, músico, etc.);
·       Assistente social, artista plástico, atuário, auditor, bibliotecário, biólogo, cabeleireiro, contabilista, corretor de fundos públicos, corretor de imóveis, corretor de seguro, dermatologista;
·       Engenheiro (civil, ambiental, da computação, de alimentos, de controle e automação, de produção, elétrico, telecomunicações, eletrônico, físico, florestal, mecânico, metalúrgico, naval, sanitário, têxtil), farmacêutico (bioquímico, industrial), filosofia, físico, fisioterapeuta, terapeuta educacional, fonoaudiólogo, fotógrafo, geógrafo, geólogo;
·       Jornalista, leiloeiro, massagista, médico, médico veterinário, nutricionista, odontologista, publicitário, propagandista, relações públicas, pedagoga, psicólogo, químico, radialista, secretária executiva, sistema de informação, sociologia, tecnologia ambiental, telecomunicações, teologia, tradutor e intérprete, zootecnista;

Fonte: www.meuadvogado.com.br

São apenas alguns exemplos das incontáveis atividades desenvolvidas nesse formato

Abaixo, segue uma lista preparada pelo “Um Jovem Contador” com algumas das obrigações às quais estão sujeitos os autônomos e profissionais liberais perante a legislação Comercial, Fisco Federal, Estadual e Municipal e Ministério do Trabalho e Previdência Social:

Obrigações Contábeis
Livro Caixa
Imposto de Renda Pessoa Jurídica
Imposto de Renda Pessoa Física
Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas
DIRF (caso tenha retenção ou atinja o valor mínimo)
Imposto de Renda Retido na Fonte (caso tenha retenção)

Obrigações Fiscais
ISS
Taxa de Fiscalização Municipal ou de Publicidade (nome varia de acordo com o município)
ICMS

Obrigações Trabalhistas
Livro de Inspeção do Trabalho (caso tenha funcionários)
Livro Registro de Empregados (caso tenha funcionários)
Folha de Pagamento (caso tenha funcionários)
GPS (caso tenha funcionários)
GFIP
GRFC (caso tenha ocorrido demissão de funcionários)
CAGED (caso ocorra saída/entrada de funcionários)
RAIS (caso possua ou tenha possuído funcionários)
Contribuição Sindical
Contribuição Confederativa
Contribuição Assistencial
Contribuição Associativa
NR 7 (caso tenha funcionários)
NR 9 (caso tenha funcionários)
Informes de Rendimentos das Pessoas Físicas (caso tenha retenção)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Parcelamento Eletrônico de débitos



Muitos contribuintes têm dúvidas e receios quanto à celebração de parcelamentos de dívidas com os órgãos e, principalmente, quanto à emissão das guias para pagamento desses parcelamentos. Atualmente, todas as esferas governamentais, seja ela federal (Receita), estadual (Sefaz) ou municipal (prefeituras) permitem em algum nível o parcelamento das dívidas de forma eletrônica.


Com o advento da Certificação Digital, a ordem aqui no escritório é, sempre que possível, utilizar meios eletrônicos ou aprender a utilizá-los de forma correta a fim de nos adequarmos a essa nova modalidade.


Mesmo entre contadores, contudo, esse modelo de celebração eletrônica enfrenta grande resistência, o que acaba sobrecarregando fisicamente os órgãos na recepção de interessados em parcelar os débitos de forma presencial.


Abaixo, darei um exemplo de parcelamento de um débito de ICMS inscrito na dívida ativa da Fazenda Estadual.


Site: www.dividaativa.pge.sp.gov.br

à Consultas
à Consultar Débitos e Condições de Pagamento
(selecione o tipo de identificação) ex: CNPJ Base – XX.XXX.XXX
(digite o Código da imagem)
à Confirmar
(selecione o débito e clique sobre o mesmo)
à Opções de Pagamento
à Parcelar
(preencha com as informações sobre o responsável pelo parcelamento)
(imprima a confirmação e a primeira prestação do parcelamento)
à Imprimir Gare

Procedimentos para impressão das Gares mensais ref. parcelamento na Procuradoria Geral do Estado (Dívida Ativa):


Site: www.dividaativa.pge.sp.gov.br

à Emitir Documentos
à Gare para Parcelamento
à CDA - XXXXXXXXXX [exibir Gare]
à Avançar
à Imprimir Gare destacada
à Imprimir Gare
à Download Gare
à Abrir e Imprimir para pagamento

Nos próximos posts, o “Um Jovem Contador” trará mais exemplos e detalhes de procedimentos eletrônicos que facilitam e agilizam o trabalho de contadores e contribuintes.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Pontos relevantes para Microempreendedores Individuais




Continuando no tema das empresas na modalidade “MEI” (Microempreendedor Individual), o último post do “Um Jovem Contador” tratou de algumas questões básicas para os interessados em adotar a modalidade para constituir seu negócio. No posto de hoje, vamos falar de algumas questões que ainda suscitam inúmeras dúvidas entre empresários, contadores e até nos servidores dos órgãos indicados como “preparados” para saná-las.

Como o empresário só é obrigado a emitir Nota Fiscal para o caso de venda de produto ou serviço para pessoas jurídicas, muitos se perguntam de que forma essas NFs podem ser emitidas. Vale dizer que, nesse ponto, as mesmas regras aplicadas para empresas não “MEI” são válidas. Ou seja, é necessário obter a senha do Posto Fiscal Eletrônico afim de se solicitar a AIDF para a impressão do talão de Notas ou obter o Certificado Digital (e pagá-lo!) para emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). O mesmo vale para a senha eletrônica para a emissão de Notas Fiscais de Serviços municipais.

Aqui, cai por terra a primeira facilidade apregoada pelos responsáveis pelo sistema. Não basta registrar a empresa no “Portal do Empreendedor” (www.portaldoempreendedor.gov.br) e acreditar que o processo de abertura está concluído. A única orientação passada é que o empresário deve procurar auxílio na Secretaria de Finanças Municipal ou na Secretaria da Fazenda da cidade. Grande parte dos servidores nesses órgãos está longe do preparo ideal para lidar com esse público. Uma atenção especial faz-se necessária: nesses órgãos NÂO pode haver a cobrança de nenhum valor para efetuar a inscrição de um “MEI”. É lei!

Com relação à inscrição no Estado e no Município, o cadastro realizado no portal é feito de forma imediata tanto na junta Comercial quanto na Receita Federal, mas o sistema tem um prazo até o segundo dia útil do mês subsequente para enviar os dados cadastrados para Posto Fiscal e Prefeituras. Mesmo assim, o empresário fica obrigado a realizar o recolhimento dos tributos desde o mês de constituição da empresa, uma vez que os impostos mensais são gerados no sistema da Receita Federal.

Outra questão pouco clara no portal e que recebe pouca atenção dos empresários diz respeito à contribuição de INSS que a empresa paga. Contribuindo somente na modalidade “MEI”, além de benefícios como auxílio doença, auxílio maternidade, entre outros, o contribuinte faz jus a aposentadoria após um mínimo de 15 anos de pagamentos. Contudo, o valor da aposentadoria é de um salário mínimo, sem a possibilidade de aumento desse valor, a não ser que o contribuinte opte por fazer um pagamento na modalidade “individual”.

Enfim, são apenas mais alguns aspectos de questões pouco discutidas de um tema cada vez mais requisitado nos escritórios contábeis. Em breve o “Um Jovem Contabilista” trará mais questões e pontos relevantes acerca dos Microempreendedores Individuais.




terça-feira, 2 de outubro de 2012

Como abrir uma MEI (Microempresa Individual)



Criada pelo governo federal com o objetivo de realizar a inclusão de pequenos comerciantes ou empresários com negócios restritos ainda na informalidade, a modalide "MEI" (Microempreendedor Individual) é hoje um dos ramos de abertura das empresas que mais crescem no país. Muitos pequenos empresários se interessam pela modalidade, ainda sem saber de suas restrições. Aliás, nem mesmo funcionários dos órgãos oficiais estão preparados para resolver as dúvidas dos interessados. Hoje, o que mais recebo no escritório são empresários informais que não conseguiram sanar todas as suas dúvidas nas unidades da Junta, Receita, Posto Fiscal e Prefeitura.


Para quem se interessar, segue um pequeno guia de como abrir uma Microempresa Individual:


O tutorial para abertura está bem especificado no site “Portal de Empreendedor”. Primeiro, é necessário acessar o endereço http://www.portaldoempreendedor.gov.br/modulos/formalize/index.html, clicar no link "clique aqui" logo após o termo "Para realizar uma nova inscrição", seguindo os passos com o preenchimento dos dados solicitados.


Tanto a inscrição na Junta Comercial, quanto a no INSS, o CNPJ e o Alvará Provisório saem logo após a conclusão dessa inscrição, mediante a impressão do "CCMEI" (Certificado de Condição do MEI).


Documentos para Inscrição
CPF, Título de eleitor (ou recibo da DIRPF dos dois últimos anos), RG e comprovante de endereço do empresário. Comprovante de endereço da empresa.


Custos
A empresa terá um custo mensal de R$ 31,10 com INSS, mais R$ 1,00 para ICMS (comércio) e/ou R$ 5,00 para ISS (serviços). Ressalto que a contribuição para a Previdência na modalidade MEI não dá direito ao benefício da aposentadoria, somente auxílio-doença e maternidade.


Obrigações
A empresa precisa emitir mensalmente, além das taxas, o Relatórios de Receitas Brutas no próprio site (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/modulos/formalize/index.html), clicando em "clique aqui" logo após o termo "Para imprimir o Relatório Mensal de Receitas Brutas (um para cada mês)". A empresa está dispensada da contabilidade formal.


O MEI está obrigado a emitir Nota Fiscal quando a venda e/ou serviço for realizada(o) para pessoas jurídicas (PJ), empresas de qualquer porte. Para o consumidor final (pessoa física), não se faz necessária a emissão de Nota Fiscal.


OBS: o limite de faturamento do MEI é de R$ 5.000,00 ao mês (R$ 60.000,00 por ano).

Os problemas começam quanto às dúvidas na emissão das Notas Fiscais, cadastros nas Prefeituras e Estados, etc. Mas isso é assunto para o próximo post no “Um Jovem Contador”.

sábado, 29 de setembro de 2012

Sucessão nas empresas contábeis




Durante 23ª edição do EESCON (Encontro das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo), que ocorreu entre quarta e sexta-feira dessa semana, um dos assuntos mais discutidos, sendo inclusive tema de palestra no evento, diz respeito à sucessão no comando das empresas contábeis. A ínfima participação de jovens profissionais da área, ou pelo menos entre os representantes da direção das empresas que participaram, jogou ainda mais dúvidas acerca do tema.

Não é de hoje que a preocupação com a sucessão nos escritórios contábeis norteia grande parte das discussões. Afinal, a área contábil como um todo ainda é essencialmente dominada por profissionais com anos de experiência, e a própria busca por profissionais por vezes é direcionada exclusivamente para currículos que já contem com bagagem na área.

Os jovens profissionais da área, recém-formados, optam basicamente por dois caminhos: as grandes empresas de auditoria ou a área contábil das multinacionais e empresas de grande porte. O empreendedorismo no setor contábil é pouco disseminado. Dado que pode ser facilmente verificado com uma observação: quantos escritórios de contabilidade atualmente são gerenciados por profissionais com menos de 30 anos?

Obviamente, em qualquer ramo a experiência é necessária. Mas até mais do que em outras áreas, a contabilidade geralmente reúne profissionais que desde cedo já atuam na área e começam a reunir a experiência necessária para abrir seu próprio negócio. Com poucas oportunidades de crescimento em escritórios contábeis, contudo, esses profissionais rapidamente são contratados por empresas de grande porte ou auditorias. Poucos optam por abrir sua própria empresa, mas, entre os que escolhem esse caminho, as dificuldades de trilhá-lo sozinho, sem ajuda de profissionais já no ramo há mais tempo, aumentam ainda mais.

A questão fica mais complexa quando se verifica que, entre os novos escritórios de contabilidade que surgem sob o comando de profissionais novatos, a disputa é acirrada, o que eventualmente faz com que os honorários sejam jogados lá embaixo a fim de se atrair novos clientes. O que prejudica tanto os serviços prestados aos clientes, quanto as finanças das empresas já estabelecidas no mercado, que precisam sustentar a estrutura que possuem.

Vale dizer que, cada vez mais, os cursos universitários jogam milhares de novos profissionais no mercado, sendo que poucos possuem os requisitos para gerenciar um escritório de contabilidade. Ao mesmo tempo, boa parte já está inserida desde jovem na nova realidade digital, possuindo habilidades e técnicas extremamente úteis se aplicadas em conjunto com a experiência dos profissionais já atuantes no ramo.

A bola foi levantada durante o EESCON: é necessário, ou mais, crucial, que os atuais diretores, sócios e donos das empresas contábeis comecem a pensar de maneira mais séria e profunda nos substitutos para seus cargos. Sejam eles familiares ou não. Afinal, ninguém é eterno. Por mais que a área contábil pareça reunir os grandes “sobreviventes” do mercado de trabalho.

Seguem abaixo uma relação de reportagens sobre estudos e pesquisas na área de sucessão no comando das empresas de contabilidade, selecionados pelo “Um Jovem Contador”:





sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Encerramento do EESCON



A sexta-feira marcou o último dia do EESCON, encontro da classe contábil que ocorre desde quarta-feira na cidade de Campos do Jordão. Após uma quinta-feira composta de palestras e discussões técnicas, a 23ª edição do evento foi encerrada com um dia dedicado a temas mais leves, mas não menos importantes, dada a demanda dos empresários da área por inovadoras técnicas de gestão do tempo, recursos e pessoal.

A primeira palestra, ministrada por Isabel Macarenco, lidou com o tema “Educação Permanente: alinhando as competências técnicas às de liderança”. Com a intenção de envolver a plateia nas discussões, a palestrante e o mediador abusaram da interatividade eletrônica. Liderança e educação corporativa permanente foram os pontos-chave em destaque na discussão. Conceitos que certamente possuem importância e precisam ser desenvolvidos na área contábil, mas a aplicabilidade foi posta em dúvida por grande parte dos participantes.

Alguns dados puderam ser mensurados e tornam-se fontes importantes de pesquisa e entendimento acerca dos participantes do evento que votaram no painel:
- 84% dos participantes se formaram antes de 2008, ano em que contamos com inúmeras alterações nas normas contábeis;
- Contudo, 73% destacaram já terem participado de mais de 10 cursos de atualização profissional;
- Mais da metade realizaram tanto cursos técnicos como comportamentais.

A segunda palestra do dia foi, sem dúvidas, a melhor do evento. Pela atenção dos presentes e pelo tema em si já pudemos perceber a grande carência e avidez dos empresários contábeis na busca pelo tema. Não só da área, claro. Empresários de qualquer ramo ainda buscam a melhor maneira de gerir seu tempo, seja ele no âmbito profissional ou não.

Intitulada “Mais Tempo - Como ter uma vida com mais Equilíbrio e Produtividade”, a palestra foi comandada por Christian Barbosa, um prodígio da área de informática que hoje se destaca mundo afora com seus conceitos de melhor aproveitamento do tempo. Utilizando exemplos pessoais, métodos testados cientificamente e inúmeros dados estatísticos (que melhor maneira de prender a atenção de contadores?), poucos presentes não tiraram dessa uma hora e meia conceitos que devam ser aproveitado em suas empresas.

Dois conceitos puderam ser tirados a primeira vista das palavras do fundados da empresa de consultoria Triad: 1) Há um excesso de reuniões nas empresas atuais, sendo que somente 1/3 das mesmas efetivamente trazem resultados satisfatórios; 2) É preciso classificar nossas tarefas diárias, de forma a podemos dividi-las entre: Importante, Circunstanciais e Urgentes. Alguns exemplos com pitadas de emoção deram o tom da palestra, muito aplaudida pelos presentes.

Encerrando o dia, a Palestra Magna ficou a cargo de Hans Donner, renomado designer da Rede Globo. O tema ficou um pouco restrito aos exemplos e a trajetória do palestrante, fato que não atraiu tanto o interesse da plateia, excetuando-se a apresentação das principais criações do palestrante que marcaram época na emissora carioca.

Houve ainda a sessão solene de encerramento e um jantar, que ocorre nesse momento, com Show de Variedades Inspirado no Mundo do Cinema. Na próxima semana, o blog “Um Jovem Contador” trará as impressões dos temas e análise do evento como um todo para a classe contábil.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

1º dia na EESCON



A quinta-feira marcou a abertura dos trabalhos da 23ª edição da EESCON, em Campos do Jordão. O evento foi dividido em quatro partes: duas palestras e dois painéis de discussões. Curiosamente, os painéis, seja pelo modelo adotado ou pelos participantes presentes, atraíram mais a atenção do público e trouxeram à tona dois temas cruciais para empresários contábeis.

A palestra “Desmistificando as Normas Contábeis para PME”, apresentado pelo mestre em Contabilidade e Controladoria José Hernandez Perez teve grande interação com a plateia, norteando as discussões e os caminhos adotados pelo palestrante, na medida em que a plateia pôde eletronicamente apresentar suas opiniões e entendimentos acerca das questões abordadas. Algumas dúvidas pertinentes puderam ser sanadas, mas deve-se ressaltar que, muito graças à complexidade dessas novas normas, a aplicabilidade de grande parte delas ainda é confusa e restrita. Numa pesquisa informal realizada no evento, percebeu-se que a própria adoção do Demonstrativo do Fluxo de Caixa ainda é pouco difundida.

Carlos Kazuo Tomomitsu fechou o dia com uma apresentação intitulada “A Realidade Digital e os Desafios nas Empresas Contábeis”, abordando métodos e iniciativas adotadas nos escritórios contábeis atualmente com o advento das novas tecnologias, bem como essa nova “realidade” é usada para interagir com os clientes.

Os momentos mais interessantes do dia, entretanto, foram reservados aos painéis. No primeiro, o tema “A Importância dos Processos na Gestão das Empresas Contábeis” contou com a participação de Alexandre Possmoser e Ivair de Paula, que deram importante contribuição aos empresários presentes ao passarem exemplos da vivência e suas experiências na padronização dos processos e acompanhamentos contábeis. A questão da gestão e do gerenciamento mostrou-se, novamente, de grande interesse aos empresários da área, que ainda carecem de maiores discussões sobre o tema.

O painel da tarde, intitulado “O Processo de Acompanhamento Fiscal sobre o Contribuinte”, contou com a participação de um representante da Receita Federal (Edmundo Spolzino) e outro da Secretaria da Fazenda Estadual (Edson Takashi Kondo). Com o pretenso objetivo de jogar luz a forma como esses órgãos atuam na fiscalização dos contribuintes nos dias atuais, não se pode dizer que esse objetivo não tenha sido alcançado, com ambos detalhando, por vezes de forma excessivamente detalhada, esses processos nos respectivos órgãos. Vale dizer, contudo, que para os empresários mais experientes, poucas foram as novidades trazidas no que tange aos formatos aplicados.

Por outro lado, os convidados trouxeram algumas novidades que animaram os presentes. A primeira, e mais aplaudida, foi o anúncio da suspensão das exclusões que a Receita realizaria das empresas que adotam o Simples Nacional e estavam inadimplentes. As exclusões, ainda sem data prevista para serem efetivadas, foram suspensas por erros no sistema do próprio órgão. Mais interessante que a dissecação dos processos de fiscalização ou dos anúncios recentes, entretanto, foram as declarações de ambos os representantes de que os órgãos entendem as dificuldades enfrentadas pelos empresários contábeis (obrigações acessórias, entre elas) e estão abertas ao diálogo com os representantes da classe. Agora, mais do que palavras, precisamos colocar em prática essa abertura e melhorarmos esses procedimentos.

Amanhã, sexta-feira, ocorre o último dia do EESCON. E o “Um Jovem Contador” estará presente trazendo ainda mais detalhes para os estudantes e jovens empresários da área contábil.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

23º EESCON



Poucos estudantes de Ciências Contábeis tomaram conhecimento ou mesmo tiveram a oportunidade de participar EESCON (Encontro das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo), que ocorre a partir de hoje, dia 26/09, na cidade de Campos do Jordão.


O Encontro, que acontece a cada biênio, é organizado pelo SESCON-SP ( Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo) e vai para sua 23a edição. Segundo a organização do evento, reúne, nesse ano, mais de mil participantes, entre empresários contábeis e contabilistas em geral.


Na solenidade de abertura do evento, que ocorreu na noite de hoje, percebe-se a presença majoritária de experientes empresários e personalidades políticas da área. O viés, ainda que fortemente político, permite conhecer um pouco da atuação dos órgãos que representam a classe contábil. A se destacar, dentre os inúmeros pronunciamentos intermináveis de políticos e autoridades, as palavras do deputado Arnaldo Faria de Sá. Voltarei a discussão do tema futuramente, mas vale destacar a notória briga do político pela redução de impostos, simplificação tributária e fim das obrigações fiscais. Certamente o mais produtivo dos discursos.

A pouca presença de jovens contabilistas e estudantes da área deve-se a vários motivos, entre eles o óbvio foco do evento em empresários que gerenciam escritórios, o que por si só reduz o número de estudantes e jovens (afinal, raríssimos jovens já são proprietários de seu próprio escritório ou empresa contábil). Com poucos incentivos para estudantes e parca divulgação em universidades e cursos da área, o ambiente não conta com muitas caras jovens, o que, por outro lado, torna as discussões mais qualificadas (em termos de conhecimento acumulado), mas com menos chances de surgimentos de ideias de vanguarda.


O blog "Um Jovem Contador" acompanha o evento in loco e trará informações e análises sobre o tudo o que rolar no evento. 

Bem-vindos


Sejam bem-vindos ao blog "Jovem Contabilista". Um espaço dedicado aos jovens estudantes de Ciências Contábeis que queiram discutir, aprender, debater e trocar conhecimentos, dúvidas e ideias sobre o ambiente Contábil.